Bio mas pouco


Cá por casa, aos poucos e sem fazermos muita força, vamos diminuindo a nossa pegada ecológica. A Sardanisca-mór já sabe que não usamos, não pedimos e devolvemos as palhinhas que nos dão para não fazermos mal aos peixinhos. Sabe que andamos sempre com sacos para as compras e a turma dela até inventou o eco-escovinhas para fazer a recolha das escovas de dentes dos meninos e familiares. Parece-me que estamos no bom caminho.

Agora, se até uma criança de 4 anos já percebeu que isto só lá vai se reduzirmos o plástico que consumimos, como é que se justifica que, ao comprar alimentos “bio” (como se os outros fossem “tanatos “) que supostamente são amigos do ambiente porque recusam pesticida e o camandro, se precise de mais petróleo do que o que havia no tanque do Prestige para chegarem a nossa casa?! É que os alimentos bio das grandes superfícies, pelo menos daquelas que começam em “Con” e acabam em “ente”, duas batatas doces têm um daqueles mini tabuleiros de esferovite por baixo e três voltas de película aderente por cima. E como as cenas bio são em bom (e em caro) precisamos de tudo a duplicar... no fim é uma montanha de plástico que serviu uma função próxima da inutilidade: proteger os alimentos não se sabe muito bem de quê! Para evitar esta estragação não compramos bio. Compramos as frutas e legumes a granel e pomos tudo dentro de um saco, sem sacos de plástico intermediários e colamos todas as etiquetas do peso no lado de fora. É claro que há muita malta do atendimento que não percebe bem como é que deixamos as courgetes em contacto com os brócolos e as bananas a tocas nas maçãs, assim, sem nada a fazer de barreira, mas a verdade é nunca colocaram entraves.

Fica a dica: depois de se acabar com os sacos de plástico, não era má ideia acabar-se com as embalagens bio!

Comentários

  1. É bom saber que não somos os únicos a olhar para a bancada dos produtos biológicos a perguntar-se porque raio alguém que quer optar por produtos biológicos tem que mandar os seus princípios ecológicos pela sanita abaixo...

    E quando em superfícies como as que começam em “Con” e acabam em “ente” nos obrigam a pôr uma abóbora ou bananas dentro de sacos de plástico para serem pesados e levados para a caixa?

    Por aqui por casa começámos a usar sacos reutilizáveis (usamos os dos "Panos da Vera") e enquanto o orçamento deixar vamos encomendando periodicamente um cabaz de produtos biológicos.

    Ainda por cima com um rebentinho de 1 mês (e um gasto de fraldas brutal enquanto não nos adaptamos às reutilizáveis) vamos tentando diminuir a nossa pegada...um bocadinho de cada vez.

    Sofia

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    Respostas
    1. Muitos parabéns pelo bebé!!
      Se quiseres fraldas descartáveis diz! Eu tenho um carregamento porque não cheguei a adaptar-me!
      Quanto aos bio... o cabaz agora está a ficar carote para nós... é só de vez em quando!

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    2. Não te adaptaste às descartáveis?! =)

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    3. Confesso que não... não consegui arranjar uma rotina de lavagem. Precisava de ter um espaço para deixar as fraldas de molho mas se não mudasse a água com frequência ficava tudo a cheirar mal e se mudasse a água de modo a não cheirar mal e até lavar na máquina gastava tanto de água que me parecia ainda menos ecológico... Por isso, ao fim de alguns meses abandonámos a ideia.

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