Consideração #1 - Saber que a ministra se demitiu não me alivia porra nenhuma. Não sei se vai cedo, se vai tarde. Acho que teve a infelicidade de ficar com um barril de pólvora que mais ano menos ano iria explodir e explodiu. E sim, acho que em 4 meses não se faz nada de jeito. É preciso tempo e parar de deixar de pensar com os pés, ou com os bolsos...
Consideração #2 - Vomito um bocadinho sempre que oiço os abutres a pedir responsabilidades políticas?! Mas que merda é que é uma responsabilidade política?! O dizer “eu assumo a responsabilidade política” é algum tipo de lenga-lenga mágica que vai pôr tudo como estava? Vai devolver as vidas? As casas? Os animais? Os sustentos de famílias?! É que se basta dizer isso, então eu chego-me à frente e digo já: eu assumo a responsabilidade política! Já está tudo bem? Será que os meus tios já têm as alfaias, os animais, os currais, o descanso destas noites que não dormiram de volta? É que já não vão para novos e a última coisa que precisavam era mais esta aflição. Já para não falar nos outros que não são meus tios…
Consideração #3 - Não sei se há validade para a responsabilidade política… é que se a memória não me falha, não há uma alminha, das que nos últimos 30 anos andaram a roçar o cú na Assembleia, que não tenha responsabilidade política!
Consideração #4 - Nos últimos dias arderam as duas metades do meu coração: o verde à volta da Nazaré e o verde à volta do Souto Bom. O verde destes lugares era bem diferente. Havia um verde do pai e um verde da mãe. Quão sortuda era/sou (que as memórias não se vão com o lume) eu, ãh?!… Agora é ser resiliente, deixar as merdas e “aproveitar esta oportunidade” (nota-se muito que estive a tomar nota durante estas últimas legislaturas?!) e fazer as coisas como devem ser feitas. Acho que esse é o mínimo de respeito que as pessoas que partiram no meio deste inferno merecem. O resto é ruído.
Consideração #4 - Nos últimos dias arderam as duas metades do meu coração: o verde à volta da Nazaré e o verde à volta do Souto Bom. O verde destes lugares era bem diferente. Havia um verde do pai e um verde da mãe. Quão sortuda era/sou (que as memórias não se vão com o lume) eu, ãh?!… Agora é ser resiliente, deixar as merdas e “aproveitar esta oportunidade” (nota-se muito que estive a tomar nota durante estas últimas legislaturas?!) e fazer as coisas como devem ser feitas. Acho que esse é o mínimo de respeito que as pessoas que partiram no meio deste inferno merecem. O resto é ruído.
Demasiado ruído!
ResponderEliminarLamento muito as tuas perdas Cris...