Next book stop



E, tal como o previsto, as férias acabaram e o caos organizado que é a minha casa aguardou-me pacientemente. Perante a falta de um intervenção divina que pusesse ordem na barraca, tive de ser eu a pôr mãos à obra. A leitura dos livros (de que tinha falado aqui) ajudou em alguns aspectos, mas vamos lá ao balanço (se quiserem mais detalhes manifestem-se que também se arranja):

- não é preciso ler os dois, basta ler o mais recente que repete em grande medida o primeiro mas tem ilustrações que ajudam a perceber o texto (a tradução em algumas partes não está brilhante!);

- há dicas que sim-senhor: a estratégia para começar a arrumar, o critério fundamental para a escolha do que fica e do que vai, a forma de dobrar (uma coisa tão simples mas que faz tanto sentido), a ordem de arrumação... Depois da última empreitada até achava que tinha o armário organizadinho mas ainda dei muita roupa e o armário da Sardanisca também ficou organizado de forma bem mais prática! Acho que as dicas são especialmente úteis para os roupeiros de crianças;

- há dicas que nem-por-isso: parece que a reciclagem e a doação não são opções. Compreendo alguns dos argumentos que a autora usa mas parece-me que pode haver um meio termo entre o deitar fora e o acumular;

- há dicas que não-lembram-nem-ao-menino-jesus: agradecer às peças a alegria que nos deram antes de as deitar fora, agradecer diariamente às coisas que nos foram sendo úteis ao longo do dia, sentir a vibração e a alegria da roupa e dos espaços mas, acima de tudo, a ideia de deitar livros fora! Pode vir a mulher da fava-rica que não deito livros fora!

Depois de perceber a quantidade de tralha que ainda deitei fora fiquei a sentir-me mal... e ainda nem me aventurei pelos brinquedos da miúda! Como é que é possível duas pessoas e meia fazerem tanto lixo? terem tantas coisas? Ainda para mais, não somos ricos (nem pouco mais ou menos) e a nossa casa é uma espécie de miniatura das casas das pessoas crescidas. Foi aí que apareceu o próximo livro (que não vou deitar fora) e que não consigo esperar para começar a ler: "Zero Waste Home: The Ultimate Guide to Simplifying Your Life" da Bea Jonhson. Ainda só li o que a Amazon me deixa mas estou esperançosa porque, aparentemente, à medida que vamos deixando de ter coisas vai sobrando tempo e dinheiro, que é coisa que faz sempre falta!

Comentários

  1. Li o primeiro depois de muito pensar no assunto, porque tinha medo. Eu conheço-me: não agradeço às peças de roupa nem cumprimento a casa quando chego e muito menos dou beijos à carteira ao fim do dia, mas sei que sou rapariga que se sente completa com um saco de lixo numa mão. Acabei o primeiro, comecei o segundo, talvez seja como tu dizes, mas agora que já vou a meio quero acabar. Estou deprimida porque as nossas gavetas não têm altura para pôr a roupa ao alto e não temos armários embutidos grandes o suficiente para meter o equipamento de ski... Ah espera! Não temos equipamento de ski e muito menos apetrechos para a cerimóia do chá (mas eu levo o dito a sério, sim?), mas juro que esta casa vai fcar leve, leve. Afinal gostei do livro :) Vai dar jeito. Já avisei cá em casa que a limpeza vai ser implacável: não te metas com uma tradutora que vê alguém assassinar uma tradução com erros de caca-ra-cá!! (Mas a sério, gostei, não é o livro dos livros, mas dá umas ideias). beijinhos!

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    1. Tenho que pena que não dê para deixar fotografias nesta caixa de comentários porque a minha roupa coube na gaveta... a menos que a minha interpretação das indicações esteja errada... seja como for, até ver está a funcionar.

      Eu cá em casa já consegui tratar da minha roupa e da pequena, já organizei os livros, e os "komonos" não tive coragem de ir aos papéis. (Nem sequer considerei as fotografias porque não sou capaz de deitar fotos fora). Mas tenho a cozinha em standby...

      Estamos juntas na luta!

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  2. Estava a precisar de me rir, obrigada! Então agradecer aos cabides por tão bem segurarem a roupa? E para quando dar um beijinho ao autoclismo por enviar o nº 1 e o nº 2 tão depressa para o Tejo? LOL Disparates à parte, gostava mesmo de ser mais organizada e arrumada mas não consigo - não me está no sangue, que posso dizer? Mas luto cada vez mais por ter menos desperdício, os sacos de reciclagem de plástico que enchemos, de 15 em 15 dias, azucrinam-me o espírito... Boas leituras!

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    1. A ideia é ser muito alegre, muito feliz e muito grata a tudo e manifestar essa gratidão mesmo às coisas inanimadas! E não dês ideias à senhora que é bem capaz de escrever uma carta de despedida ao nr. 1 e nr. 2! Eu não me importava nada de ir organizar as coisas dos outros mas, pelo exemplo que tenho com o meu pai, não saía viva do trabalho porque sou muito rápida a deitar fora!

      Estou contigo, aqui em casa a quantidade de lixo também é um abuso! Quero mesmo arranjar estratégias para ver se consigo mudar aqui alguma coisa!

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  3. amei este post!!! conciso e divertido ao mesmo tempo! inspirador sobretudo! ontem ensaquei para aí umas 35 camisolas que já não visto há séculos... temos que começar por algum lado... o meu grande problema agora é o escritório e os brinquedos e tralhas dos miúdos...

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    1. "Escritório" já safei, agora, brinquedos e papelada da garota... está bem está! Tenho que beber uma garrafa de vinho antes!

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  4. olha... nem de propósito: https://www.dinheirovivo.pt/carreiras/10-conselhos-da-mulher-mais-arrumada-do-mundo/?utm_campaign=Echobox&utm_content=DiariodeNoticias&utm_medium=Social&utm_source=Facebook#link_time=1471342936

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  5. Essa Bea estava a soar-me familiar, teve cá à pouco tempo. Um dia vou ser como ela em que o lixo cabe todo num frasco de vidro http://observador.pt/especiais/uma-vida-de-consumo-e-uma-perda-de-tempo/
    também ando a destralhar lá por casa. bjs

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    1. Esteve cá sim mas eu não vi. Creio que fez uma palestra na loja Maria Granel (que pelos vistos terei de visitar entretanto para ver se é prático para mim ir lá abastecer).

      Para mim para já é irrealista pensar que vou conseguir fazer tão pouco lixo que caiba num frasco, mas quero fazer menos do que o que faço agora!

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  6. ah foi essa? a palestra penso que foi na Junta de Freguesia de Alvalade, organizada pela loja Maria Granel.
    Qd fores à Maria Granel apita, que bebemos um cafezinho ;)

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  7. Ai jajus, que não vinha aqui há algum tempo e tanta coisa (boa) para ler!! Continuo a admirar imenso o teu espírito, bola para a frente melheri! Em relação à Marie...olha não me convence...mais valia apostar no vidente de Fátima. Mas a tua estante parece muito arrumada. Eu também andei em revoluções lá em casa e ainda sou pior do que tu com tanto lixo, vou ter de dar uma volta à coisa, quanto mais arrumo mais aparece. Mas agora o que queria mesmo era uma mala daquelas de porão antigas para guardar tralha e servir de decoração, de chapa, andei a correr tudo mas ou estão podres, ou os preços astronómicos com a mania do vintage... beijocas (p.s. - não sei se já fazes mas uma boa ideia para os brinquedos da miúda é ir com ela entregar alguns que já não queira aos meninos doentes no IPO etc.)! Sara

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    1. Boa ideia essa a dos brinquedos Sara. Acho que vou fazer isso mesmo!
      Quanto à mala, cá em casa temos duas tipo "mala de cartão" que servem mesmo para isso: decorar e guardar coisas... mas não é a estratégia mais prática do mundo!

      Continua a passar por cá, não desistas... isto melhora, vais ver!

      Beijinhos

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  8. Boa, se fizeres depois diz qual foi o resultado. Foi uma amiga minha que deu a ideia há muito tempo, para os miúdos não ficarem tão egocêntricos e aprenderem a partilhar e a pôr-se no lugar do outro. Também achei uma excelente ideia. Malas de cartão são aquelas mais baixinhas? Porque dizes que não é prático? Porque estão uma em cima das outra, é isso? Eu queria uma daquelas maiores de porão, só the one, para pôr lençóis e mantas e em cima um candeeiro giro ou quê, estava com a ideia que tinha encontrado a solução ideal!

    Eu não desisto, estive é off da net :) beijinhos, Sara

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