Falhas de comunicção



Parece que as coisas já se estão a encaminhar e começa tudo a entrar novamente nos eixos e agora, que vou olhando para trás, vejo muitas coisas que têm o seu lado cómico. Uma das coisas que eu aprendi no meio desta trapalhada toda: só convém dar más notícias sobre a nossa saúde quando estivermos preparadas para animar o destinatário da mensagem. Dei por mim a dar a novidade sobre a AR a algumas pessoas para logo depois dizer "mas está tudo bem! eu estou bem! não fiques preocupado!". Isto por si só, é o que é, nada de especial, mas depois leva a outra situação caricata, que é as pessoas pensarem que afinal não temos nada! Passam por nós passado uma semana e perguntam: "está tudo bem?" e uma pessoa lá ensaia uma resposta que não seja mentira mas que não seja desanimadora - "já sabe não é, isto agora tem que ser ir acompanhando, não passa assim do dia para a noite...". Do outro lado chega-nos um "ainda bem que já está boa!". A versão da família mais próxima é semelhante, mas roça mais a negação:
- então, estás melhor?
- oh... mais ou menos na mesma...
- ainda bem! o que é preciso é melhorares.

A maior parte das vezes sorrio e deixo a conversa por aí... acho que não é preciso ir por caminhos por onde a maioria das pessoas não gosta de andar... e com razão.

Comentários

  1. Se as pessoas tivessem noção do que é a doença quando está em fase de crise... As dores e limitações... O que vale é que hoje em dia já não se encontram pessoas com sequelas como antigamente ficavam. Graças aos novos métodos terapêuticos! É uma preocupação para toda a vida, o que não quer dizer que não haja fases boas! Força nisso! Ainda bem que estás melhor 😜

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    1. A forma como comentas estas questões da AR leva-me sempre a crer que o fazes com conhecimento de causa. É assim?

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    2. Conhecimento para minha sorte do ponto de vista profissional. Já vi muita coisa, conheci varias pessoas com AR em diferentes fases!

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