Tenho tido que aprender a aceitar várias coisas nestes últimos tempos. A mais complicada de todas? A minha mãe tem razão. Sou uma pessoa impaciente! Eu até achava que não mas sou. Quanto finalmente resolvi marcar uma consulta para ver o que tinha, achava que ia ser igual a todas as outras até aqui. Entrava no consultório, auscultavam-me, abria a boca para me verem as goelas, diziam que tinha X ou Y, receitavam-me qualquer coisa por sete dias, despachavam-me para casa e adeus e até ao meu regresso. Mas não. Há que fazer análises, voltar ao médico e mostrar as análises, ir à farmácia aviar as receitas. Daí a um mês voltar às salas de espera, às agulhas, às incertezas e a novos sintomas. E uma ida ocasional às urgências porque às tantas aparece outra coisa que aproveitou a porta de entrada aberta. Esta "perda de tempo" tira-me do sério! Perde-se uma vida à espera e outra vida em ansiedade. Eu sei que sou uma sortuda e privilegiada por não ser nada de muito complicado e por até estar a responder como deve ser à medicação. Aliás, isto tudo leva-me a fazer vénias de respect a quem anda nesta vida há mais tempo e com sintomas bem mais chatos! A sério! Eu com uma amostra de maleita, já tenho dias que me apetece deitar no chão em posição fetal até que tudo passe! Mas ainda assim, ainda me custa a aceitar que não fique tudo resolvido à primeira... ou à segunda, vá! Já percebi que as coisas levam tempo e não se resolvem do dia para a noite, agora só preciso de dizer isso à minha cabeça. Parece que foram precisos 35 anos para aprender o que a maioria das pessoas já sabe... O que vale é que os trinta são ou novos 20 se não estava tramada!
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