Ora, a ida mensal a este Museu foi um fail no que toca à ideia de custo zero, mas tudo porque aqui a menina não fez trabalho de casa. Ora, "ficaides" já a saber que nem todos os museus são grátis no primeiro domingo do mês e, por isso, convém confirmar antes. No novíssimo Museu de Leiria paga-se para entrar mas não é muito e dá para a seguir visitar o espaço museológico Moinho do Papel que fica logo ao lado, junto ao rio.
O Museu fica no espaço renovado do Convento de Santo Agostinho e está lindo! Lá dentro o espaço é muito clean e amplo. Houve uma clara aposta na concepção de um programa museológico sólido que acompanha a evolução do território onde hoje é Leiria desde a pré-História até à actualidade. Não fica nada por contar! Os materiais expostos são claros e a informação verte por todos os lados: nas legendas associadas às peças, nas paredes a separar os espaços e nos tablets que são entregues à entrada e que permitem acompanhar a exposição na modalidade audioguia ou recorrendo à leitura dos textos. Parece-me um modelo muito jeitoso porque envolve mais o visitante.
O claustro é lindíssimo e apetece ficar por lá no relax a ler uma revistinha e a beber um cafézinho e ganhar balanço para ir ao Moinho de Papel e/ou passear à beira rio.
Tendo dito isto, há essencialmente dois aspectos que para mim não funcionaram muito bem. O espaço é apelativo para adultos que se interessem por história e que gostem de museus, caso contrário, por ser tão arrumadinho (leia-se, pouco estimulante) e direccionado para a região pode desmotivar visitantes que estejam apenas à espera que a informação lhes entre pelos olhos e ouvidos adentro sem grande esforço. Posto isto, é fácil perceber que pequenas criaturas, como aquela que pari, não desfrutam por aí além do museu. Mal a minha cachopa viu o tablet achou que ia ter bonequinhos e música, e tudo o resto que ela associa ao gingarelho, e foi uma luta explicar-lhe que não. Mas, tirando-lhe a coisa das mãos como é que a podia manter entretida ou fazê-la ver a exposição?! Acho que teria sido interessante arranjar um jogo, uma mesa com desenhos, um tablet com uma animação que ajudasse os pequenos a gozar o momento. Acho que faz sentido os museus pensarem nas crianças no percurso expositivo e não apenas quando o Serviço Educativo está a trabalhar.
Dicas:
- não é fácil estacionar junto ao Museu por isso é apostar nas ruas que convergem para o Convento;
- o Museu vê-se rápido, por isso, numa manhã, dá perfeitamente para passear, subir até ao Castelo ou ir para o café!
- se levam miúdos, arranjem antes qualquer coisa para os manter entretidos!
O Museu #3, para o mês que vem!
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