A partir de hoje incorrerei diariamente na prática de desobediência. Sempre achei que não tinha tomates para o incumprimento mas a este respeito não tenho grandes dúvidas: não vou usar o novo acordo ortográfico. Vou usar todos os "p" e "c" a que tenho direito por muito que os pobres não se façam ouvir. São uma marca do meu tempo. Quero que os meus netos leiam o que eu escrevi e que achem a mesma piada que eu achava aos postais antigos dos meus avós com "h" e "z" onde eu não imaginava que pudessem existir. Existirão mil razões válidas para o novo acordo. Já ouvi algumas e não me parecem desprovidas de sentido, ainda assim, esta é uma mudança que não estou disposta a abraçar. Por isso, prevaricadores gramaticais, sintam-se à vontade para vir até aqui escrever as letras que vos fizerem falta.
Tal como eu: não faço e está resolvido. A minha Avó até há pouco tempo escrevia Mãe com trema e com uma grafia gira: Mai. E ainda se lembrava de escrever pharmacia, mas dizia que passou a "farmácia" por dar mais jeito. Lá do meu lado também não há acordo que pegue - com honrosas excepções quando tiver de ver os TPCs do meu filho que coitado, tem de levar com a coisa. Isto soa-me a qualquer coisa pré-revolução assim como o meu Pai conta que tinha de ter licença de porte de isqueiro e que mais de 3 pessoas na rua já eram consideradas uma manif. Fixe!!!
ResponderEliminarA minha honrosa excepção será em algumas situações de trabalho... aí não há volta a dar! Mas sim... é uma imposição um bocadinho medieval!
EliminarEstou contigo... é mesmo uma grande cagada este acordo e está imposição! Como estou desempregada, nem no trabalho tenho q me sujeitar a ele... Comigo é fora ao acordo ortográfico! (Ah, adorei a imagem do Allo,Allo!)
ResponderEliminarBeijinhos da costa alentejana, Xana
Tenho a esperança secreta que a coisa não ganhe adeptos... mas se calhar estou a ser muito crente...
EliminarNo trabalho tenho de usar, na vida pessoal volto à velhinha guarda, mas confesso que já começo a ficar um pouco confusa com o antes e o depois. Enfim, faz parte. Vida de uma tradicionalista.
ResponderEliminarNão é uma vida fácil!
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