To organize or not to organize? That is the question!


Tenho uma relação de amor-ódio com a organização. Por um lado sei que nos dias que correm se não estiver tudo organizado ao milímetro arriscamo-nos a não chegar ao fim do mês. Por outro lado, irrita-me tirar a espontaneidade, já não digo do dia-a-dia mas do de-vez-em-quando! Mas como o tem que ser tem muita força, entrei no novo ano (a bem da verdade foi só a partir de Março) com vontade de pôr a vida nos eixos, ou seja, arrumar o que houvesse para arrumar e tentar concretizar o que, se não tivermos cuidado, levamos uma vida a adiar. Depois de ter lido umas coisas comprei um livrinho. Ainda estou para perceber se valeu o dinheiro que dei por ele. Tinha muita paneleirisse (pardon my french mas hoje perdi o filtro) new age, muita inner Goddess para trás e para a frente, muito "toca na cor não sei quê e diz como te sentes" e por aí fora. Mas esquecendo essas tretas tinha algumas dicas interessantes. Se a minha primeira intenção era pôr o livro na carteira e olhar para ele sempre que houvesse oportunidade, mal o tirei do envelope percebi que isso não ia acontecer. O caraças do livro parecia para criancinhas! Cores para burro, desenhos de bonecos e por aí fora. Vai daí arranjei um molskine e copiei as ideias mais interessantes e adoptei o sistema de frente e verso: de um lado as questões a que tenho de dedicar algum tempo de reflexão e no outro um sistema de planificação de dia-a-dia.
Até agora tenho conseguido fazer algumas das coisas que andavam penduradas há séculos - coisas para arranjar em casa, planos de trabalho, planos de diversão e de bem-estar - mas a check list que faço diariamente tem mais cruzes (o que não foi feito) do que ticks (o que fiz)... Eu planifico, planifico mas há sempre qualquer coisa que me troca as voltas (normalmente um ser com 10 meses, cinco dentes e mais de nove quilos) e acabo por não conseguir levar as coisas até ao fim... Estou à espera de descobrir como é que se faz para no fim do dia bater tudo certo!

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