Benurons, sonhos e corridas



Este blogue tem andado moribundo à semelhança da pessoa que nele (devia) escreve(r). O fim deste ano foi qualquer coisa... Foi esgotante! Muitas horas de trabalho, muito poucas horas de sono, uma alimentação que era uma desgraceira e uma casa presa por arames! A verdade é que os bocadinhos em que a pequena está acordada são para aproveitar e disso não dá para abrir mão a bem da nossa sanidade mental mas à conta disso, roubam-se horas ao sono para pôr o trabalho em dia e às tantas olhamos para nós e estamos os dois a bater as botas com o corpo a dizer “não pares não se queres ver como elas cantam”. Vai daí, a poucos dias do Natal entrámos de férias, eu afónica, com uma amigdalite e menos uns quilos que faziam falta (já devidamente repostos e com juros) e ele com uma daquelas gripes, entupido até às unhas dos pés com ranhoca e um melão no lugar da cabeça. Mas bastou um dia na casinha dos papás, com comidinha da boa para ficarmos finos e... entrar a miúda ao serviço: febre, vómitos e valeu-nos a santa que foram só dois diazitos desta brincadeira! Basicamente a coisa entrou em velocidade de cruzeiro há um par de dias. Por tudo isto achei que era loucura imaginar que ia conseguir fazer os 10 km da S. Silvestre, só tinha conseguido correr uma vez com a minha irmã (aka "Rosa Mota da Holanda") e fiz 5 km com a leveza de quem arranca uma unha do pé. Mas a verdade é que fiz os 10k! Sem parar uma única vez! Quando em Novembro fiz os 7km da Meia Maratona da Nazaré achei que morria. Ontem quando estávamos a andar para cima e para baixo na Avenida da Liberdade já estava a deitar os bofes pela boca. Mas não sei se foi da chuva, se foi do frio se do que foi, consegui – aliás, conseguimos, porque o meu homem também se aguentou à bronca sempre com o irmão dele ao lado e a minha irmã escreveu uma tese de doutoramento enquanto envelhecia à nossa espera – e não fui a última! Agora tenho um novo objectivo (que me ajuda a manter algum equilíbrio mental e não estupidificar entre o trabalho dentro e fora de casa): melhorar o tempo. Para a próxima vou fazer a coisa em 60 minutos... vamos lá ver!

Agora é aproveitar os dias que faltam para (continuar) a por o trabalho (que não é pouco) em dia e respirar fundo para a parte II do ano.

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