As maravilhas da vida no campo


Esta última noite foi passada a tentar resolver um mistério. Já não é a primeira vez que acordo a ouvir um telefone fora do descanso, ou a chamar. Oiço o "piiiiiii----piiiiii----piiiii", lá ao longe, meio sumido. Aquela distância longínqua de quem não está acordada nem a dormir. Depois de fazer um esforço para perceber se os sonhos que estava a ter envolviam telefones ou não, lá abri os olhos. Confirmei que o meu telemóvel não estava a fazer chamadas, o do Homem também não e para tentar dormir o resto da noite, não tive outro remédio se não me levantar e ver se o telefone fixo (ainda daqueles que estão "presos à parede") estava no descanso. Tudo em ordem. Acreditei que estava finalmente a enlouquecer e perante tal diagnóstico já consegui adormecer descansada. Acordei horas depois com a casa envolta numa nuvem de nevoeiro. Como de costume fui à varanda para acordar com o fresquinho, ver o mar e o tempo. Entre uma espreguiçadela e outra (e a cara de horror do vizinho do lado perante a minha tromba ensonada) percebi que o "telefone" que me fez andar a olhar para tudo quanto era aparelho cá de casa para ver qual deles apitava, era, nem mais nem menos, que o farol que fica aqui pertinho. E assim se atormenta uma alma pouco capaz!

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