Gosto de viajar, não o faço tanto quanto gostava, mas gosto de viajar e são raras as vezes que venho de viagem a achar que não gostei. Desta vez não sei... Das cidades que visitei - Lublin, Varsóvia e Cracóvia - não fiquei deslumbrada por nenhuma. Cracóvia é bonitinha, mas há ali qualquer coisa que não me cativa. E depois as pessoas! Já não me lembro de ralharem assim comigo desde os meus 12 anos. Quer dizer... digo eu que ralhavam. Falavam em polaco e com cara de poucos amigos, na minha terra isso é parecido com ralhar. E porquê? Uma das vezes estava a comer bolachas e as migalhas que caiam alimentavam os pombos. Um senhor esteve uns bons cinco minutos a dizer coisas que traduzidas na minha cabeça e tendo em conta o tom seriam algo do género: "Oh minha grande parva, não vez que estás a dar comida aos pombos que cagam esta merda toda?! Vai lá pá'tu terra!". Da segunda vez o caso piou mais fino... bilhete comboio errado e uma multa (escrita em polaco) para lá de grande para pagar... Por outro lado, encontrámos em todas as situações gente que nos ajudou à séria! Que saíram do caminho que estavam a fazer para nos acompanharem onde fosse preciso! A barreira da língua parece-me ser o maior problema e que pode levar a mal-entendidos chatos, principalmente tendo em conta que aquela personalidade soviética não dá grande espaço para o cumbíbio. Por isso não sei se gostei ou não!
Tiveste azar! A minha experiência em Cracóvia foi excelente. Realmente, as pessoas são todas muito prestáveis, sobretudo as mais novas.
ResponderEliminarO povo pode não ser muito expansivo (não admira essa reacção, se tudo quanto foi estrangeiro que ali entrou adentro lhes trouxe dissabores), mas é de facto muito amigo do turista perdido.
Por outro lado, os povos mais a leste tendem a falar assim, como se estivessem sempre a mandar vir. Também não vais gostar de Israel nesse caso. Vinha do aeroporto a pensar que a qualquer altura iam desatar à pancada uns aos outros, mas estavam simplesmente a dar indicações!
Sabes que também já não tinha ficado muito bem impressionada quando estive em Budapeste (já lá vão uns 10 anos) e reconheço que a maior parte dos países de Leste tiveram uma história chata para caraças... mas neste caso é mesmo um misto de emoções! E lá está, é mesmo uma questão cultural e quem não gosta põe ao lado! Só fiquei mais "cismática" porque não regressei com a sensação de sempre: quero repetir; foi tão bom! Foi uma experiência e aprendi um bom bocado de história e um bom bocado sobre mim... não sou assim tão p'ra frentex como imaginava!
EliminarGostei muito de Cracóvia e regressei cheia de vontade de voltar à Polónia. É certo que os polacos não são propriamente pessoas de sorriso fácil, mas pareceu-me mais feitio que defeito. :)
ResponderEliminarEstá mais que visto... Foi bad timing meu que, se calhar, já fui para lá meio à espera de não gostar...
EliminarGosto das tuas fotos. E da forma como escreves. Vou estar atenta!*
ResponderEliminarOlá Joana! Que sejas muito bem-vinda e que apareças mais vezes!
EliminarGostei bastante de Cracóvia e também de Varsóvia... As gentes por ali não devem muito à simpatia, isso é bem verdade... mas, convenhamos, como bem diz a Rachelet, levaram porrada de tanta gente durante taaaaanto tempo que agora usam o trombil e o tom de voz como escudo. Falar inglês também é coisa rara... não me admira que tenhas comprado o bilhete de comboio errado, na estação de Varsóvia (que é SÓ a capital) não havia alma que falasse (pouco que fosse) inglês. Valeu-nos um rapaz de 20 e poucos que nos ajudou a comprar bilhetes (daqueles que não dão multa) :)
ResponderEliminarDe facto o pessoal da nossa geração já se amanha com o inglês o pior é o resto e aquela simpatia soviética! Mas sim, têm toda a razão e mais alguma! Mas lá está... não fiquei cheia de vontade de lá voltar.
EliminarIsso compreendo... Se foste a Varsóvia, Cracóvia e ainda passaste por Auschwitz, parece-me que viste o que realmente importa... (eu além disso ainda fui às Minas de Sal, mas pouco mais)... Gostei bastante, mas creio que é como dizes, não há grande motivo para lá voltar...
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