as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
Roubado de tantos e tantos sítios onde hoje se encontra este poema magnífico do José Luís Peixoto.
Disse em Março que me dizem ser "toda mãe"... vai-se a ver é por isso... É por isso que as nossas turras acabam sempre por ser muito mais dolorosas do que seria necessário. Mas vai-se a ver e são assim as grandes paixões, os grandes amores. Maiores do que as nossas distâncias, os nossos silêncios e a nossa teimosia (que a minha irmã pacientemente vai moderando)... Sendo certo que é dela a mão que não trocava por nenhuma outra para me segurar e ajudar a levantar!
Muito bonito e...mais não digo. :)
ResponderEliminarBeijinhos
Sílvia
o poema é fantástico!! e é tão real, tão fiel! O resto... é parvoíce minha!
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