photo taken @ tate_modern
...quanto menos se compra, menos se tem vontade de comprar. Quer dizer... isto pode não ser 100% verdade, mas deve andar lá perto. Quando as vacas que andavam a pastar no meu quintal era mais gordinhas, não havia semana em que não entrasse numa loja para comprar uma porcaria qualquer que não me fazia grande falta. A escolha implicava sempre grandes dilemas e a tentação de seguir o lema "leave no man behind", aqui adaptado a trapos. Contrariamente ao esperado, acordava sistematicamente com a certeza que não tinha uma única peça de roupa para vestir nos dias a seguir ao festim consumista. Hoje em dia, com todos os tostões contadinhos para chegar ao fim do mês, vejo-me a entrar nas zaras, mangos e afins e a sair com um sorriso, mãozinhas a abanar e sem qualquer dor! É certo que acho cada vez menos piada às Inditex's desta vida e muito mais graça às lojinhas que optam por marcas menos conhecidas, de melhor qualidade e com óptimas promoções porque não dependem de mega patrões (um dia mostro o vestido que com 70% de desconto comprei por €12) e que oferecem menos riscos de parecer que estou a usar a farda de uma das muitas lojas que alimentam a nossa vaidade a baixo custo. E assim, posso dizer com orgulho, que é raro o mês em que gasto dinheiro em roupa e que a última peça de vestuário/calçado que comprei, foram umas botas Doc Martens (não as típicas combat like [que ainda povoam o meu armário] e mas outras mais lady like) quase novas, que me custaram pouco menos de 10 libras que ainda por cima reverteram para a ajuda de animais sem veterinário na zona de Edimburgo.
Só espero manter este espírito quando a relva voltar a crescer no meu quintal e as vaquitas possam acabar com a fominha que passam por estes dias.
Tal e qual...
ResponderEliminarAcho que de tanto me mentalizar que não pode ser... acabei a não ter mesmo grande vontade :)
Não sou cega, nem nego que às vezes acho que podia ajudar a passar o tempo, mas em geral é coisa que não me tira o sono ou sequer me provoca ansiedades a despropósito.
Beijinhos, pipoca!
Acho que estamos a ficar crescidas!!
EliminarSaudades Princesa!
eh eh! eu sempre fui muito pouco consumista no que respeita a roupa, mas mesmo assim tinha muitas vezes o mesmo dilema matinal de não saber o que vestir! há cerca de um ano, os meus pais ofereceram-me uma máquina de costura e desde então tenho reciclado roupa! de uma camisa do R. faço um vestido para a nossa afilhada de 9 anos ou uma camisola de verão para mim; de t-shirts velhas faço sacos para as compras ou outras t-shirs de novos formatos... enfim até as fronhas de lencois lindos mas pequenos para as nossas camas já levaram tesouradas e se transformaram em cortinas para a cozinha e duas lindas blusas para mim...
ResponderEliminaro limite está na nossa imaginação ... e nas ideias fantásticas que circulam pela net!
beijinhos da costa alentejana, Xana
Pois a mim faltam-me dois factores da tua equação: a máquina e os conhecimentos para a usar... mas ainda não desisti da ideia! Vamos lá ver quando posso investir dinheiro e tempo numa, para poder fazer isso mesmo: reciclar o armário!
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