...canta mal p'ra burro! Bem que se esforça, bem que põe o volume no máximo para não ouvir a sua própria voz, mas a verdade é que canta mal! Devia correr o ano de 1998 quando oferecemos ao meu pai uma compilação da obra da Amália. Ouvi os CDs vezes sem fim. A desculpa (adolescentes de 17 anos não ouvem fado) passava pelo facto de não haver outros discos pela casa mas, na realidade, o que eu gostava mesmo era de cantar a plenos pulmões "os cortinados de chita às pintinhas" ou o "um rosário de penas que vou desfiando..." [pequena pausa para refrear esta minha vontade de continuar a cantar escrever o resto do poema] de DocMartens nos pés. Em minha defesa devo dizer que para além deste albúm e de uma ou outra música da Mariza, não conheço muito mais... menção honrosa seja feita ao "Senhor Vinho" que me deixa sempre com um sorriso... (não será com certeza pela simpatia que nutro pelos tintinhos alentejanos... e a empatia deles comigo!)
Já no que diz respeito ao fado de Coimbra... aí nada a fazer! Toda eu viro pele de galinha... Agora, se é triste imaginar-me a imitar as Amálias desta vida, espero, a bem da minha liberdade e convivência com as pessoas mentalmente sãs, que nunca ninguém me surpreenda a imitar um Luis Goez, um Paradela de Oliveira ou um Fernando Machado Soares... caso contrário ganho umas noites de borla ali perto do convento de Lorvão e uma camisa fashion com umas mangas muito compridas que apertam atrás.
Imagem daqui
O que importa mesmo é que lá para o dia 29 o nossa faduncho vire património de todos! Pode ser garantia que venha a ser bem tratado no futuro!
O Fado 'virou' mesmo património da Humanidade, mas foi o fado de Lisboa... o de Coimbra parece que foi excluído da candidatura... não se percebe. Eu até aprecio mais o fado de Lisboa (é mais democrático, mulheres e homens podem cantá-lo...) mas estranho esta divisão feita entre o mesmo género musical...
ResponderEliminarTinha ideia que o fado de Coimbra também tinha ido no lote... oh... assim não brinco!
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