A semana passada estava em casa da minha mãe quando tocaram à campainha. Abri a porta e vi duas moças com um ar bondoso e cada uma delas segurava uns panfletos em tamanho A5. Vi logo o filme! "Vimos falar-lhe da palavra de Deus/Jeová/Jesus Cristo/Buda (riscar o que não interessa)". Estava eu a pensar na melhor maneira de as afugentar e tentar explicar que a minha alma já não tinha salvação, quando depois de uma avaliação rápida à minha figura, me perguntaram se eu tinha a Bíblia e logo após a resposta negativa oiço a seguinte pérola: "e a tua mãe está em casa?" Concluí que não só não passava por dona da casa, como também não apresentei a maturidade suficiente para poder entabular um diálogo com as mensageiras do divino. Não foi a ausência da conversa que me chateou, mas antes o facto que não me considerarem uma pessoa adulta (o que legalmente sou há 12 anos). Pus-me a pensar nisso e atribuí o juízo etário falhado à minha aparência. Uma vez que estava a trabalhar, era possível que apesar de serem 3 da tarde, ainda não tivesse tomado banho (as deadlines são um bicho que não liga à higiene), que estivesse com meio pijama e meio fato de treino, que o cabelo estivesse enrolado num bonito ninho de ratos e que estivesse descalça. Ok. Desta escapa. Ide com quem vos trouxe a minha porta, porque estão perdoadas.
No meu tempo a adolescência tinha este aspecto I - 21st jump street
No início desta semana, envolvida na saga que constitui comprar um colchão (esses são outros quinhentos), resolvi dar um pulinho a uma loja do centro comercial aqui do burgo. Na falta da opinião da outra metade que irá usufruir da plataforma dormitória, resolvi pedir apoio moral à Mãe Fatinha. Deita neste, deita naquele e eis a primeira surpresa. "Mas queres um colchão de casal é?" "Sim... uma vez que é para mim e para o meu namorado". Olhar assustado-reprovador-atónito para a minha mãe. "Olhe, gosto deste! E vou levá-lo!". "Pronto, então está bem. Mas não te podes esquecer que tens de ter cuidado... e muita atenção para não deixares toalhas molhadas em cima da cama... eu sei que é altura de exames, mas é preciso ter cuidado." Desta vez sou eu a trocar com a minha mãe um olhar de perplexidade, saindo a progenitora da minha pessoa em defesa da nossa honra. "Mas a minha filha já não está a estudar!! Sabe que ela já tem 30 anos!" [obrigada mãezinha... por seres tão exacta]. "30 anos!! Eu dava-lhe uns 15 ou 16... [volta a olhar com atenção] Sim! uns 15 ou 16!... Mas olhe antes assim, porque isto de dormir com os namorados muito cedo...".
Ora, aqui confesso que fiquei desconfortável... mas não com a questão dos namorados! Se me dissessem 23, 26 vá, tudo bem! É um elogio! Agora 15?!? A idade mais bexiguenta e horrorosa que se pode ter?!? Bem sei, que nem o esclarecimento da dúvida que paira sobre a minha estatura me fará uma mulher alta (1,64m e já é com uns pózitos!) e que não sendo magra, não me sobra chicha suficiente para me compor o decote (que roça a pré-adolescência)... mas ainda assim?!? Caramba!
No meu tempo a adolescência tinha este aspecto I -Blossom
Gente da minha idade que anda por aí, o que é que eu tenho de fazer para parecer uma senhora?
Parece que fizeste uma pergunta, mas eu ainda estou focada na imagem ali de cima com o Johnny Depp! :D
ResponderEliminarBemmm que aventura ;)
ResponderEliminarComigo não foram 15 anos mas, há uns dois anos, pediram-me o BI para me deixar entrar no Casino de Lx :)
Rosa: Those were the Jonhny Depp days!! [suspiro]
ResponderEliminarMoon: não duvido! tens uma carinha laroca de menina!!
Beijinhos