Insanidade temporária

Sou uma pessoa do dia. Gosto de acordar com o Sol e não sofro de mau humor matinal... o mesmo não se poderá dizer para o período nocturno: depois da meia noite viro uma autêntica cabra meio embriagada. Faço e digo coisas que normalmente não faria ou diria. Quando acordo no dia seguinte, logo a seguir ao primeiro segundo, ganho a consciência dos "estragos"... e se houver algum damage control a fazer, faço-o. Como daquela vez, já há mmmmmuuuuuiiiiiittttttoooooosssss anos, devia andar no liceu, em que adormeci no sofá, estoirada de uma noite mal dormida, e o meu pai me disse: "Vá, vai lá dormir para a cama que estás toda torta" e eu respondo com alguma agressividade, enquanto agarrava na manta em que estava embrulhada e seguia para o meu quarto: "és um porco chauvinista (?!)... se eu fosse rapaz não me fazias isso... mas deixa estar que um dia as coisas mudam..." Na manhã seguinte, após um pedido de desculpa com os olhos pregados no chão, arrependimento e vergonha a transpirarem pelas mãos e algum medo das consequências, procurei tornar-me invisível... até que as memórias paternas se esfumassem.

Photo @ Flickr by kketz4art

Como nos dias que correm o computador é objecto de mesa de cabeceira, o risco de parvoíce, apesar de mais virtual, continua a existir. As insónias que me acompanham nas últimas noites, a par com a expectativa da resolução de algumas questões importantes para as nossas vidas, levam-me a ler, a horas em que devia estar a dormir, os blogues inscritos no reader Nada de novo até aqui. Faço-o todos os dias várias vezes ao dia. Mas quando a coisa acontece durante a madrugada, é certo e sabido, que ao contrário do que normalmente acontece, "vai vir charteres" de comentários... que só muito excepcionalmente deixo... Já revi os de ontem. Nada de grave. Mas devia ter ficado quietinha!

Se algum dia alguma opinião minha chegar a uma caixa de comentários, é favor antes, confirmar a hora de redacção.

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