Lição de bom português:

 Photo @ Flickr by -clicking-

"Ontem gastei 45 mocas [leia-se euros] em cremes para as rugas."

Classifique esta frase, quanto ao sentimento presente, resultado futuro, necessidade, incoerência e consequência:

-  o sujeito, que pela acção poderemos chamar de "sujeita", deve estar a sentir-se otária (por vários motivos que serão perceptíveis nas respostas subsequentes) e ligeiramente esperançosa, o que a leva de volta ao primeiro sentimento...

- de acordo com experiências passadas, é provável que no futuro próximo, a pele rebente em mil borbulhas e aspecto oleoso. Num futuro mais longínquo, as rugas vão continuar no exacto lugar onde estavam, sendo de esperar o aparecimento de mais umas quantas;

- apesar de haver uma ou outra linha de expressão mais vincada, e outras que não expressam mais nada a não ser o cansaço, a verdade é que não é nada de anormal dada a idade da criatura, por isso e a esse nível, é desnecessário! Tendo em conta que estes creminhos em termos de eficácia ficar-se-ão pelo 0,054%, a expressão "desnecessário" redunda na acção!

- se atentarmos ao discurso dos últimos dias, verificamos uma certa recorrência da expressão "este mês não gasto mais dinheiro com coisas parvas". Se analisarmos a acção e os argumentos ateriormente esplanados, constatamos no mínimo a incorência, no máximo um caso de esquizofrenia e/ou múltiplas personalidades!

- ao nível da consequência surge o único aspecto positivo: o não retorno à para-farmácia - nada modelo - onde se compraram os produtos*. 

Fim da análise

* Não foi o execesso de solicitude das funcionárias, esperada no tal contexto de crise, que leva a que quem tem trabalho, lutar para o manter e o tornar mais próspero, não, não foi esse o caso. Tão pouco se viveu uma situação, em que se tentasse impingir um produto desnecessário! Na realidade, as "meninas" fizeram o frete de me atenderem, sempre com a cara fechada e bastante antipatia. Visto que não as conheço de nenhum outro lugar, deduzo que se trata de um caso de mau profissionalismo! Já trabalhei no atendimento ao público e sei que nem sempre é fácil, mas graças a essa experiência tornei-me numa freguesa agradável para não dizer exemplar! Por isso, hoje em dia quando não estou a ser atendida em condições, nem acabo o que comecei. Dou meia volta, despeço-me como manda a educação e junto mais um nome à lista de estabelecimentos onde não volto**!
** Não preciso de ser bajulada, mas não estou para ser mal recebida e tão pouco colocar-me numa posição de subserviência, para não incomodar as pessoas que deveriam estar atender com simpatia e delicadeza que, pasmem-se, é uma das suas funções!

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