Não sou tão "verde" quanto podia ser. Às vezes reciclo, às vezes desligo as luzes que estão acesas sem necessidade, às vezes ando a pé ou de transportes em vez de andar de carro, às vezes não imprimo documentos, às vezes não uso sacos de plástico, às vezes não compro alimentos exageradamente empacotados, às vezes tomo duches rápidos... e por aí fora! A primeira vez que fiz este teste da pegada ecológica, achei que alguma coisa tinha corrido mal e repeti. O resultado foi o mesmo! Nessa altura decidi mudar alguns detalhes e daí terem surgido os "às vezes", que em alguns casos, de forma natural passaram para "quase sempre". Mas hoje voltei a ter um reality check, principalmente porque se trata de um meio que me diz muito: água e os oceanos. É frequente, encontrar quando mergulho, armadilhas de pesca que estão eternamente a atrair os animais marinhos sem que haja qualquer tipo de proveito. Já aconteceu mergulhar num local (supostamente reserva) em que o fundo estava deserto, como se um arrastão tivesse passado por ali (?...), também já encontrei latas de refrigerantes, pneus, pilhas, plásticos... Mas já mergulhei em águas limpas, livres de linhas de pescas e covos e cheias de vida. Posso garantir que não há nada melhor! Por isso, fiquei com um nó na garganta quando tomei conhecimento da época de chacina de golfinhos no Japão, por meio deste documentário: The Cove*...
...e cheia de vontade de mudar ainda mais os meus hábitos depois de ficar a saber que a quantidade de lixo/plástico que se encontra numa zona específica do Oceano Pacífico é várias vezes do tamanho do Texas e que fácilmente se encontram zonas em que o lixo atinge por sobreposição, 30 metros de profundidade. Em Portugal o Projecto Aware, tem sido um grande meio de divulgação para este problema, em especial para o que se passa na nossa costa litoral.
Photo @ Flickr by Carlos MFA Monteiro
(a melhor equipa de mergulho: DeepDive... ao serviço dos Oceanos)
Para mim estas imagens serviram de incentivo para me deixar de tretas e "às vezes" e assumir uma maior responsabilidade nas escolhas que faço... isto se quero continuar a mergulhar e a viver benzinho!
* a partir deste site podemos fazer pouco... mas sempre é melhor que nada!
Eu passo-me com o facto de em Amesterdão (!) não haver reciclagem de plástico. Bem, haver há, mas tens de ir juntando em casa e depois levar a uns centros de recolha sabe-se lá onde, sendo que o mais perto de minha casa me obrigava a apanhar 2 transportes públicos. Com a tralha atrás. Mas ainda sinto um repelão na consciência cada vez que tudo quanto é embalagem vai parar ao lixo normal...
ResponderEliminarP.S. - chacina dos golfinhos, quando não é de focas (mortas à paulada para não lhes fazerem bracos na pele - wtf?!?), caça às baleias, tigres, símeos e elefantes explorados no turismo em países como a Tailândia. É um rol.
Dessa não estava à espera!! Em Amesterdão as coisas funcionam assim?!? Até nem estamos mal! Também fiquei espantada em Londres em que a reciclagem é feita toda ao monte! Isto é, juntas o papel, plástico, metal e vidro no mesmo caixote e depois os senhores vão lá a casa buscar e supostamente fazem depois a separação... custa-me a acreditar... mas se os faz dormir mais descansados à noite... Em relação aos bichos... fico sempre com o coração apertado... e a sentir-me inútil!
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