O título deste post nem sempre foi verdadeiro na minha cabeça porque, durante a infância e parte da adolescência ora andávamos ao estalo ou eramos a dupla imbatível de "ginástica* de sofá" e de "dança em cima de mesas de vidro"**. Se na primeira modalidade o pior que nos podia acontecer era partir o pescoço, no segundo caso o risco era de nos tornarmos faquires contra vontade (como quase aconteceu). Entre uma coisa e outra lá andávamos às turras, porque somos a noite do dia (apesar das semelhanças que muitos afirmam serem dignas de gémeas monozigóticas), porque temos quatro anos de diferença (quando eu era um pirralha insuportável ela era uma adolescente irritante, quando eu era adolescente dramática ela estava com a mania que já era uma mulherzinha) ou porque temos feitios difíceis!
Seja como fôr, tenho que reconhecer que ela teve uma paciência de Jó! É que eu sempre tive um hábito, que reconheço ser muitíssimo irritante para quem tem que conviver comigo: tenho que repetir as coisas que acho piada até me enjoar! Se é uma música, ouço-a até ficar à beira de vomitar, se é um filme, é até decorar as falas, se é chocolote, é comer até ficar mal disposta!
A pobre da minha irmã, entre outras cassetes de vídeo, teve que gramar com a da Miss Universo*** 1987 entre 1987 e talvez, 1991! E fez isto sem nunca a destruir, sem nunca me mandar da janela abaixo ou até me mandar calar porque do alto dos meus 6 - 10 anitos, repetia o programa todo em "inglês"!!!
Mana desculpa lá e estamos quites****, boa?
Se por acaso houver por aí algum psicólogo ou até psiquiatra que queira avançar com algum diagnóstico para a minha mania das repetições, os meus convivas agradecem!
* a Nadia Comaneci estava na moda e nós tínhamos o sotão e os sofás por nossa conta, para fazermos o pino, a ponte, a roda...
** um dia a mesa partiu, mas ninguém se aleijou!
*** para a camada jovem que possa não estar a perceber: houve um tempo, pouco depois do terramoto de Lisboa, em que programas como o "Festival da Canção", os "Jogos sem Fronteiras" e o "Miss Universo" prendiam toda a gente ao sofá!
**** a minha irmã fazia experiencias cosméticas em mim... e ainda diz que é contra testes em animais!
** um dia a mesa partiu, mas ninguém se aleijou!
*** para a camada jovem que possa não estar a perceber: houve um tempo, pouco depois do terramoto de Lisboa, em que programas como o "Festival da Canção", os "Jogos sem Fronteiras" e o "Miss Universo" prendiam toda a gente ao sofá!
**** a minha irmã fazia experiencias cosméticas em mim... e ainda diz que é contra testes em animais!
Sim, é certo que tive que ouvir o discurso da desgraçada da Miss Norway uns milhões de vezes, mas sei que também gostas muito de mim porque aguentaste estoicamente a minha fase... uhm... New Kids on the Block :p
ResponderEliminarMomentos difíceis ;)
Beijitos
Se fosse a vocês não me queixava muito porque eu tive que gramar com a fase O PREDADOR do meu irmão! Ele contaminou de tal forma as pessoas, que a nossa empregada da altura me disse recentemente que chora de emoção (não de terror, atenção!) quando vê o filme na televisão...
ResponderEliminarBahhh... vocês não sabem o que é ter que ter um irmão imaginário e ter que arranjar formas de o "atazanar" até ele rebentar "pelas costuras"! :-P' nem sei como é que os filhos únicos não se tornam esquizofrénicos (de onde vem esta voz?!?...)! Por isso não se "queixem"! :-P'
ResponderEliminarAs vantagens é que os filhos únicos aprendem a ter grandes auto-discussões, o que pode vir a ser útil quando se tem que fazer actas de grupos disciplinares onde são o único elemento do dito grupo :-] na realidade... o "Jack" o "Tyler" existem! :-]
C. (aka S.)