Tenho cá para mim que sou uma espécie de íman de pessoas e situações estranhas! De entre várias - umas com mais outras com menos piada - há duas que frequentemente me assolam espírito, porque não compreendo o que terá passado pela mente destes dois seres para resolverem ter esta aboradagem comigo ou com qualquer outra pessoa teria algum tipo de sucesso! É que o resultado destas frases só podem ser claramente desastrosos para os próprios! Vejamos:
Situação #1
Por alturas do carnaval, fui a um bar onde estava um grupo de pagode brasileiro a actuar. O bar estava cheio demais! Eu tentava acompanhar o ritmo do samba, mas quem já viu sabe que as tentativas estão muito próximas do ridículo*! Vá lá que não ponho os indicadores a apontar para o céu, mas todo o resto é de ir às lágrimas e não pelos melhores motivos. A determinada altura - estando eu completamente consciente da triste figura que fazia com bambolear do corpo - sinto alguém a soprar-me para o cabelo. Olhei para trás com um ar de asco para confirmar que era engano. Um rapaz novo e até bem apessoado diz-me a seguinte pérola com um sorriso engatatão:
"- é que não pareces brasileira..."
eu não tive reação... fiquei a olhar para ele com uma expressão confusa, enquanto tentava perceber se ele mentia com quantos dentes tinha na boca em relação às minhas qualidades de dançarina, se estava a ser ofensivo...
O que é que terá pensado?!? Que depois disto eu que agarrava ao pescoço dele e não o largava mais?!?! É que soprar para o cabelo já é de um mau gosto arrepiante (assim a roçar o tarado) seguindo-se aquela frase a única coisa que tentei perceber era onde estava a saída mais próxima. Ao fim de 10 segundos a olhar para ele sem dizer palavra, o rapaz lá seguiu a vidinha dele... e imagino eu, sem sucesso na arte do engate.
Situação #2
Num qualquer início de noite, estava eu a comer a minha sopinha e ouço bater à porta. É estranho ter alguém a bater à porta, porque sendo um prédio o normal é alguém tocar à campainha na entrada geral. Abri a porta e dou de caras com um rapaz novo, de pele baça, gestos ansiosos e olhos raiados. Trazia um bloco na mão e um maço de autocolantes junto ao peito, mesmo ao lado do pin do laço vermelho. Enquanto ajeitava o boné roçado e sujo diz-me com ar de enfado:
"- não se preocupe que isto não é um assalto..."
é claro que não ouvi mais nada, fechei um pouco mais a porta e deixei o pé atrás para dificultar uma entrada forçada**! Já ouvi falar de marketing agressivo, mas isto é um bocadinho demais! Será que depois de uma abordagem destas ele estava à espera que eu o convidasse para entrar e beber um cházinho?
* mas não é isso que me impede de tentar... não tenho culpa de não ter aquela coordenação, pés, ancas, mãos e graciosidade...
** como se fosse muito difícil albarroar 50kg de gente... seja como fôr continuo a ter mais medo da miúda do exorcista do que de gente real que ainda por cima bate à porta!
Situação #1
Por alturas do carnaval, fui a um bar onde estava um grupo de pagode brasileiro a actuar. O bar estava cheio demais! Eu tentava acompanhar o ritmo do samba, mas quem já viu sabe que as tentativas estão muito próximas do ridículo*! Vá lá que não ponho os indicadores a apontar para o céu, mas todo o resto é de ir às lágrimas e não pelos melhores motivos. A determinada altura - estando eu completamente consciente da triste figura que fazia com bambolear do corpo - sinto alguém a soprar-me para o cabelo. Olhei para trás com um ar de asco para confirmar que era engano. Um rapaz novo e até bem apessoado diz-me a seguinte pérola com um sorriso engatatão:
"- é que não pareces brasileira..."
eu não tive reação... fiquei a olhar para ele com uma expressão confusa, enquanto tentava perceber se ele mentia com quantos dentes tinha na boca em relação às minhas qualidades de dançarina, se estava a ser ofensivo...
O que é que terá pensado?!? Que depois disto eu que agarrava ao pescoço dele e não o largava mais?!?! É que soprar para o cabelo já é de um mau gosto arrepiante (assim a roçar o tarado) seguindo-se aquela frase a única coisa que tentei perceber era onde estava a saída mais próxima. Ao fim de 10 segundos a olhar para ele sem dizer palavra, o rapaz lá seguiu a vidinha dele... e imagino eu, sem sucesso na arte do engate.
Situação #2
Num qualquer início de noite, estava eu a comer a minha sopinha e ouço bater à porta. É estranho ter alguém a bater à porta, porque sendo um prédio o normal é alguém tocar à campainha na entrada geral. Abri a porta e dou de caras com um rapaz novo, de pele baça, gestos ansiosos e olhos raiados. Trazia um bloco na mão e um maço de autocolantes junto ao peito, mesmo ao lado do pin do laço vermelho. Enquanto ajeitava o boné roçado e sujo diz-me com ar de enfado:
"- não se preocupe que isto não é um assalto..."
é claro que não ouvi mais nada, fechei um pouco mais a porta e deixei o pé atrás para dificultar uma entrada forçada**! Já ouvi falar de marketing agressivo, mas isto é um bocadinho demais! Será que depois de uma abordagem destas ele estava à espera que eu o convidasse para entrar e beber um cházinho?
* mas não é isso que me impede de tentar... não tenho culpa de não ter aquela coordenação, pés, ancas, mãos e graciosidade...
** como se fosse muito difícil albarroar 50kg de gente... seja como fôr continuo a ter mais medo da miúda do exorcista do que de gente real que ainda por cima bate à porta!
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